Alexia Henning e Vanda Fortuna Serafim

 

APROPRIAÇÃO DA CULTURA NIPÔNICA NO BRASIL: CONSIDERAÇÕES SOBRE O COSPLAY


 

O presente artigo está vinculado à pesquisa de Iniciação Científica, intitulada: “As tendências explicativas e teóricas do cosplay: uma pesquisa bibliográfica” já finalizada, cujo objetivo consistiu em estudar o cosplay mediante a um levantamento bibliográfico a respeito do tema, com a finalidade de perceber quais são as áreas de conhecimento que se apropriam da discussão acerca do cosplay e assim, tornou possível uma análise no que remete as representações culturais associadas as práticas cosplay.

Para a presente discussão, utilizaremos o trabalho de Robson Hideki Mori [2010], que nos permitirão uma compreensão na representação do cosplay no campo das ciências sociais. Em certo momento faremos uso da obra de Cristiane A. Sato [2007] que auxiliará com sua visão sob o mundo do entretenimento japonês. Citamos também o trabalho de Pagani (2012) dando ênfase ao assunto do consumo cultural vinculado a prática cosplay pois a mesma apresenta como essas ações giram em torno da vestimenta compondo uma identidade individual e consequentemente uma identidade social e consequentemente tentar mostrar e exemplificar a razão do consumo desses hábitos.

Sendo assim, para iniciar as abordagens do artigo começaremos pela exposição das descobertas que a pesquisa bibliográfica nos possibilitou sobre a origem de tal prática. O termo aqui proposto, cosplay, remete a uma cultura lúdica contemporânea construída ao longo do século XX por pessoas apaixonadas pela literatura ou mídia fantástica e pelo que veio a ser designado de cultura pop [COSTA, 2019].

Essa prática consiste no emprego das palavras em inglês costume, traje/fantasia, e play ou roleplay, brincadeira/interpretação; ou seja, diz respeito a um hobby [passatempo] que consiste em práticas de comunicação por jovens que se vestem e elaboram uma atuação de acordo com seus personagens preferidos [NUNES, 2013].

Sua origem provém do final da década de 1930 nos Estados Unidos da América, em   uma convenção de ficção científica, onde os fãs se vestiam como os personagens de filmes que abordavam esse gênero e, a prática ficou limitada até o final da década de 1970. Sendo ela, adaptada e renovada na década de 1990 no Japão, conforme sua cultura, isto é, seus trajes eram voltados aos mangás – histórias em quadrinhos decorrentes do mesmo, as quais poderiam ser animadas posteriormente com o nome de animes [NUNES, 2013]. 

Sabemos que a evolução tecnológica conduz a sociedade e, traz transformações na concepção de interação e comunicação das pessoas, as quais se tornaram possíveis a partir da Revolução Industrial. Portanto, segundo Mori [2010], após o fim da Guerra Fria com a vitória dos E.U.A o país norte americano tornou-se exportador hegemônico de influência cultural.

No período pós segunda guerra mundial, após uma derrota completa do Japão ocorreu a instalação de um governo americano no país, o que foi responsável pela abertura cultural onde a sociedade nipônica tomou para si os valores do “american way of life” [estilo de vida americano] [MORI, 2010].

Mori [2010] ainda destaca uma análise do mercado cultural da época no mundo para comprovar isso, tomando como exemplo as editoras de histórias em quadrinhos japonesas. Tendo em vista que foi somente a partir de 1990 que começaram a participar do mercado europeu e norte americano. Dessa maneira, a participação do país no mercado começou a atingir o interesse das pessoas em conhece-lo, não só a cultura elitizada, mas também o cotidiano deles. Forma-se uma contraposição ao “american way of life” o qual se espalhava pelo mundo uma vez que era notório a readaptação do mesmo ao seu estilo oriental [SATO, 2007].

Desse modo, o mercado do entretenimento cresceu junto com a reconstrução do país, uma vez que a população demonstrou interesse no uso de algo para lhes oferecerem um sentimento de tranquilidade diante de um período trágico. Segundo a autora Sato [2007] isso pode ser explicado com a seguinte abordagem:

“Em função das próprias condições locais (casas pequenas, estilo de vida espartanos que refletiam a cultura local e o nível salarial do cidadão médio), à medida em que a indústria japonesa se recuperava, o desenvolvimento de produtos adaptados às condições japonesas aumentou, gerando produtos acessíveis à classe média local. Além do preço acessível, o fato prático de tais produtos serem menores e caberem dentro de casa comparados aos fabricados na América, fizeram com que o público japonês preferisse adquirir o “affordable dream” (sonho pagável) nacional” [SATO, 2007, p.16].

Posto isto, é possível entender em que contexto foi introduzido e formado a cultura pop nipônica, pois existem sociedades que possuem uma facilidade de se adaptar, como foi o caso do Japão, onde há uma valorização na arte visual [JUNIOR e GONCALVES, 2011].  Há então uma relação da cultura pop japonesa com a industrialização e a sociedade de consumo.

A estética própria e temáticas bem variadas, dos animes e mangás era diferente de tudo que se havia produzido no ocidente até então, dessa maneira, quem passou a incorporar os elementos dessa estética como também o comportamento japonês foram os ocidentais [MORI, 2010]. Reiteramos que, o Japão só passou a ver sua cultura pop como produto de exportação em 1997, com a chamada Crise Asiática [SATO, 2007].

A indústria cultural enfatizou a produção voltada para o público jovem, o que auxiliou em seu estilo de vida e conceito de moda, ajudando assim os consumidores a constituírem uma identidade social, como também visou um melhor entendimento do grupo [BARBOZA e SILVA, 2013]. 

Ao focarmos o surgimento dessa prática no Brasil acredita-se que chegou no ano de 1996 com a primeira convenção de mangás e animes no país, o evento chamado Mangacon [BARBOZA e SILVA, 2013]. O evento, ficou marcado por ser o primeiro encontro que reuniu admiradores, fãs de mangás e animes no país em companhia com o crescimento da cultura jovem que expandiu o consumo do mesmo.

O evento em questão, foi realizado na cidade de São Paulo pela ABRADEMI – Associação Brasileira de Desenhistas de Mangá e Ilustrações. No ano de 1996 a ABRADEMI comemorou seu aniversário de fundação com exposição de mangás, animes, esculturas dos personagens dessa mídia [mangás/animes], música, como também o lançamento de uma revista chamada Anime Club que abordava matéria sobres cosplayers [praticantes da atividade] do mundo a fora. Por iniciativa da Associação que tal prática teve seu primeiro contato no Brasil, sendo confeccionada e usada por Cristiane A. Sato, a primeira cosplayer a participar de convenção no país, pois o título de fato desconsiderando eventos desse gênero é creditado ao Diego Fernando Ferreira, ao usar uma fantasia de Saint Seya [Personagem fictício da série de mangá Saint Seiya criada por Masami Kurumada] no Carnaval em Rio Claro-SP [www.abrademi.com – autor: Francisco Noriyuki Sato].

A divulgação da atividade percorreu sobre o Brasil, instigando vários fãs e possivelmente futuros cosplayers. No mesmo ano, meses depois desse primeiro evento citado, a ABRADEMI realizou de fato o primeiro Concurso de cosplay. Portanto, é interessante notar que a prática, em geral, estará associada com os eventos que reúne admiradores do universo de animes e games.

Esses eventos junto a prática cosplay cresceu de uma forma excepcional, assim, um espaço muito importante foi concebido aos cosplayers com a realização de concursos com diversas modalidades. Dito isto, mediante a apresentação do mapeamento dos maiores e mais frequentados eventos relacionado ao público geek/otaku/cosplay no Brasil, o qual foi realizado no projeto vinculado com este artigo, podemos concluir que esta prática já se encontra anexada a cultura brasileira, devido aos vastos eventos/convenções estabelecidos ao ano.

 

Dessa forma, contamos com o levantamento de quatro desses eventos. Dentre eles, o Anime Friends, conhecido por ser um dos maiores eventos do Brasil, até mesmo da América Latina, direcionado diretamente a cultura japonesa em geral, em especial ao público de mangás e animes. Nota-se também que o evento difere dos demais por trazer uma série de atrações, como a presença de celebridades japonesas em solo brasileiro.

Destacamos o SANA [Super Amostra Nacional de Animes], realizado pela Fundação Cultural Nipônica Brasileira [https://www.fcnb.org.br/]. É um evento semelhante ao Anime Friends e passou a ser um dos principais pontos turísticos no Ceará sendo as suas datas posicionadas estrategicamente no período de férias.

Contudo, há também a BGS [Brasil Game Show] e a CCXP [Comic Com Experiencie] são eventos bem parecidos, e que não possuí o enfoque apenas para a cultura pop nipônica e sim em um geral, envolvendo as principais áreas das industrias como: videogames, histórias em quadrinhos, filmes e séries para TV.

Os frequentadores desses eventos consomem todo tipo de produtos relacionados à temática: mangá, dvds, ost [original soundtrack, que são as trilhas sonoras dos animes], jogos de videogame, revistas, bonecos, boneco de pelúcia, pôster, etc.

O consumo cultural é um termo utilizado para designar o consumidor que valoriza produtos de cunho criativo, ou seja, a autenticidade e meios comunicativos, como também a estética são primordiais para influencia-los. Portanto, essa atividade se torna um hábito que de acordo com as experiências e interações são construídos e, atribui-se emoções ao ato de consumir (PAGANI, 2012).

O cosplay pode ser visto como um ato cultural de um oriente sob ocidente, tendo em vista que tal prática difundiu-se e propagou-se com maior repercussão no Japão. Prova disso é sempre identificar esses produtos culturais como algo que remete sempre ao Japão, algo que faz parte do imaginário do homem ocidental.

A popularidade da cultura pop nipônica pode ser vista como resultado de uma projeção ocidental sobre um oriente, uma construção erudita e textual criada a partir de um discurso hegemônico e de superioridade europeia que resulta em um imaginário exótico do Oriente, onde quase sempre é tratado como algo distante, atrativo e sedutor [SAID, 1990 apud MORI, 2010]. Sendo assim, o consumo de um produto japonês não está relacionado a “gostar” do Japão, mas sim pelo seu design inovador, sua qualidade ou pelo simples fato de ser “modinha” [termo usado pelos adolescentes].

Partindo dessas breves análises, podemos tentar levantar o motivo do consumo dessa prática no Brasil assim como sua presença. Posto isto, ao examinarmos o livro de Nunes [2015]: “Cena Cosplay: comunicação, consumo, memórias nas culturas” nos deparamos com a autora citando Edgar Morin [1987], ao fazer uma comparação das narrativas em relação a categoria de herói.

“[...] ressalva que, na cultura de massa, a categoria de herói, tão essencial às narrativas, deixa de contemplar o herói dramático, perpetuado pela literatura ocidental, para se tornar o herói simpático protagonista do happy end. O entretenimento crescente, as emoções articuladas por esta indústria, o novo herói, contribuíram para solidificar o desejo de proximidade afetiva entre o público, o artista e o seu estilo de vida” [NUNES, 2015, p.41].

A indumentária nesse universo é moldada através da narrativa, ao ajudar diferenciar ou tornar semelhante, sendo possível uma melhor identificação dos personagens. Dessa forma, é perceptível a relação desse consumo entre o prazer e busca por status [FURUWAKA, 2008].

Isto é: “[...] a lógica do consumo que agora reina, sendo caracterizada pelo culto a emoção, prazer e superficialidade das relações.” [FURUKAWA, 2008, p. 31]. Consequentemente, por estar tão presentes no nosso dia a dia, esses produtos culturais ligados à arte e entretenimento passam a deter uma historicidade permanente, o que permite uma conservação de acontecimentos decorridos, seja eles pessoais ou coletivos [SILVA, 2015].

A partir de uma certa narrativa há uma amplificação dos meios transmidiáticos, o que promove uma maior imersão ao universo abordado, pois além do consumo a audiência é convidada a participar/contribuir com o desenvolvimento da obra, portanto há a formação de fandoms  [grupo que opera via internet; comunidades de fãs e críticos ativos] [OLIVEIRA, 2018]. Por esse motivo:

“Grupos sociais podem ser identificados, entre outras características, por um sistema de crenças socialmente compartilhado pelos seus integrantes. Esse sistema de crenças irá afetar o comportamento em determinadas situações, onde os indivíduos não irão interagir como indivíduos, ou seja, com base em suas características individuais, mas sim como membros do grupo” [PAGANI, 2012, p.43].

É evidente para nós a existência de um ambiente apropriado para que essas narrativas se desenvolvam e, nota-se também sua interação com o público. Assim, na época vigente, as atividades nas redes virtuais possibilitam um engajamento para trocas de informações e até laços afetivos devido ao interesse em comum [OLIVEIRA, 2018]. 

Mesmo em contextos diferentes e até melhores que outras épocas, sentimos a obrigação em dar um significado para vida, em manter uma relação com o outro, isto é, ter um lugar na sociedade [LE BRETON, 2018]. Portanto, reafirmamos que por meio do consumo cultural é possível a construção de identidades, tanto social quanto pessoal. A identidade social se sobrepõe a pessoal, uma vez que:

“Com o declínio da identidade única, segura e estável, o indivíduo se encontra em estado flutuante, solto e sem apoio em um espaço incerto. Essa situação faz com que surja um desejo e uma busca incessante por uma identidade que lhe traga segurança” [PAGANI, 2012, p.32].

Os jovens se situam nesses espaços em busca de uma visibilidade e consequentemente o pertencimento de grupo. Em outras palavras, a escolha de vestir um determinado cosplay perpassa pela sensação de ser único e, ao mesmo tempo, pela pluralidade ao encontrar nessa prática elementos que constituí seu campo de identificação [ALMEIDA, 2017]. Visto que esses agrupamentos os inserem na sociedade, caracterizando um grande contexto sócio afetivo, ligando os cosplayers [SALVATIERRA, 2011].

Sendo assim, tal prática está muito associado com o: “fazer amigos”, ou seja, fala-se de uma convivência com as pessoas que partilham do mesmo interesse tornando-os o componente essencial dessa atividade social [JUNIOR, 2008]. Essa atmosfera de prazer e satisfação que a atividade apresenta, segundo os estudos aqui expostos, é o que pode ser um dos motivos para o consumo desses produtos de hábitos ditos japoneses e consequentemente a presença deles no Brasil.

O presente artigo procuramos apresentar, mediante o levantamento bibliográfico realizado no projeto nomeado no começo do texto, uma série de apontamentos e possíveis questões que podem ser abordados com a temática referida. A proposta foi de expor e analisar algumas considerações a partir da perspectiva de História Cultural, assim como enfatizar algumas reflexões referente a origem dessa prática.

 

Referências:

Alexia Henning graduanda de Licenciatura em História pela Universidade Estadual de Maringá. Membro do Laboratório de Estudos em Religiões e Religiosidades (LERR/UEM) sob orientação da professora doutora Vanda Fortuna Serafim. E-mail: alexiahenning330@gmail.com.

Vanda Fortuna Serafim é professora e doutora Adjunta na Universidade Estadual de Maringá, atua nos cursos de graduação em História (presencial e EAD) e Pedagogia (EAD); é docente do Programa de Pós-graduação em História (PPH-UEM). Atua como pesquisadora/docente do Núcleo de Pesquisa em História Religiosa e das Religiões (CNPQ), no Grupo de Trabalho em História das Religiões e das Religiosidades (ANPUH) e no Laboratório de Estudos em Religiões e Religiosidades (UEM). E-mail: vandaserafim@gmail.com.

 

ALMEIDA, Nadja Rinelle Oliveira de. "Óh! Fui eu que fiz!": a saga de jovens cosplayers e seus fazeres educativos. 2017. Tese (Pós-Graduação em Educação) - Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2017.

BARBOZA, Renata Andreoni; SILVA, Rogério Ramalho da. Subcultura Cosplay: a Extensão do Self em um Grupo de Consumo. Revista Brasileira de Marketing - REmark , São Paulo, v. 12, n. 2, p. 180-202, jan. 2013.

FURUKAWA, Carolina. "Cosplay": Identidades na hipermodernidade. 2008. 8 - 121 p. Dissertação (Mestrado em Psicologia Social) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2008.

JUNIOR, Leconte de Lisle Coelho. Cosplayers no Brasil: O Surgimento de Uma Nova Identidade Social na Cultura de Massas. 2008. Tese (Doutor em Psicologia) - Universidade Federal do Espírito Santo, [S. l.], 2008.

JUNIOR, Leconte de Lisle Coelho; GONÇALVES, Gabriela Maria Ramos. CULTURA POP JAPONESA E IDENTIDADE SOCIAL: OS COSPLAYERS DE VITÓRIA. Psicologia & Sociedade , Espirito Santo, p. 583-591, . 2011.

LE BRETON, David. Desaparecer de si: Uma tentação contemporânea. [S. l.]: Editora Vozes, 2018.

MORI, Robson Hideki. Cosplay - fantasiar e expressar . 2014. 5 - 90 p. monografia (Monografia em Curso de Ciências Sociais)- Universidade Federal do Parana, Curitiba, 2010.

NUNES, Monica Rebecca Ferrari. A cena cosplay: vinculações e produções de subjetividade. FAMECOS, Porto Alegre, v. 20, n. 2, p. 430-445, maio/agosto. 2013.

NUNES, Mônica Rebecca Ferrari. Cena Cosplay: Comunicação, consumo, memória nas culturas juvenis. [S. l.]: Sulina, 2015.

OLIVEIRA, Vitória Barros de. ‘#ATTACK ON TITAN:” Engajamento transmidiático em comunidades de fãs no Tumblr. 2018. Dissertação (Programa de Pós-graduação em Comunicação Social) - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, Belo Horizonte, 2018.

PAGANI, Clarisse Ribeiro. Autoconceito, identidade e consumo cultural: análise qualitativa do grupo social dos cosplayers. 2012. 10 - 240 p. Dissertação (Mestrado em Administração) - Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2012.

COSPLAY DE CURITIBA. 2011. Dissertação (Pós-Graduação em Comunicação e linguagens) –Universidade Tuiti do Paraná, Curitiba, 2011.

SATO, Cristiane. JAPOP: O Poder da Cultura Pop Japonesa. São Paulo: Nsphakkosha, 2007.

SALVATIERRA, Neliffer Horny. “Dos sistemas virtuais para as ruas” uma construção de culturas juvenis dentro do universo cosplay de Curitiba. 2011. Dissertação (Pós-Graduação em Comunicação e linguagens) – Universidade Tuiti do Paraná, Curitiba, 2011.

SILVA, Wagner Alexandre. COMUNICAÇÃO, CONSUMO E COLECIONISMO: produção de memórias e práticas identitárias do fã-colecionador de estátuas e dioramas bishoujo. 2015. Dissertação (Mestre em Comunicação e Práticas de Consumo) - Escola superior de propaganda e marketing- ESPM/SP, programa de mestrado em comunicação e práticas de consumo, Curitiba, 2015.

 

27 comentários:

  1. Parabéns pela pesquisa e pelo texto muito bem escrito. Minhas questões são: 1) Esse viés identitário com uma realidade alternativa dos personagens (mangás, animes) não terminam sendo uma fuga dos problemas socioeconômicos e políticos da realidade dos jovens na atualidade? 2) Como abordar esse tema do cosplay e da cultura japonesa no Brasil para a sala de aula, de forma crítica e educativa (didática para jovens do ensino fundamental e médio)?

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    1. Boa noite! Agradeço pelos comentários e questionamentos.

      Com relação ao seu primeiro questionamento, existe diversas formas ao se manter um olhar sobre esse viés identitário da prática cosplay e o consumo de uma realidade alternativa, como mangás, animes e jogos online. Sendo assim, acreditamos que sim, acaba tornando-se uma fuga diante da realidade desses jovens, ao levar em consideração um individuo esgotado de uma rotina exaustiva e instigados a se desfazerem de seu centro. Dessa forma, algumas atividades de alta concentração, como pode ser entendido o caso da prática cosplay, são para seus praticantes uma fonte da anulação de si, ou seja, que permite abandonar os acontecimentos em sua volta de uma maneira prazerosa, uma espécie, quase que de transe. É uma das formas as quais o autor Le Breton aborda em sua obra, em relação ao “desaparecer de si”. Contudo, levamos em consideração o pensamento do antropólogo ao analisar a imersão desses jovens praticantes que, estabelece uma relação a um determinado objeto ou prática como uma forma de controle sobre o cotidiano. Ou seja, essa atividade, pode ser entendida também como um exercício de reapropriação feliz da existência.

      Mediante ao seu segundo questionamento, não saberei te responder com tamanha exatidão comparada a outra, pois o meu objetivo não foi discorrer a respeito do ensino. Mas, posso fazer alguns apontamentos e ideias que me veem à mente em relação a isso, o qual diz respeito a uma iniciativa que possa ser feita mediante as histórias em quadrinhos/mangás, desenhos/animes, para introduzir a temática em si, um meio de como apresentar aos alunos a inserção da “cultura pop nipônica” no Brasil, assim há também a possibilidade de manter um olhar sobre os elementos que as formam, o que seria um tanto que tentador e instigante. Algo, que possa estimular os alunos a transmitir, suas ideias e percepções sobre o mundo que vivem.

      Mais uma vez agradeço aos questionamentos, espero ter respondido suas dúvidas!

      Att, Alexia Henning e Vanda Fortuna Serafim

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  2. Olá!

    Muito interessante ver a prática do cosplay ser estudada. Tenho algumas perguntas:
    1) Qual foi a metodologia utilizada para localizar e selecionar a bibliografia reunida?
    2) Vocês chegaram a localizar textos da área de Design de Moda abordando o tema?
    3) A profissionalização da prática também foi um aspecto investigado?

    Obrigada!

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    1. Boa noite! Agradeço pelos comentários e questionamentos.

      Respondendo o seu primeiro questionamento. A metodologia utilizada tomou como referência João J.F. Amaral (2007) “Como fazer uma pesquisa bibliográfica” que, segundo o autor, a busca pelo material pode ser encontrada mediante a dois modos básicos, o manual ou eletrônico. Nesse sentido, para esse estudo, fizemos uso do segundo modo, via internet, tendo em vista o grande arsenal que podemos ter acesso. Para tal utilizamos também de algumas palavras-chave, sendo elas: cosplay, crossplays, geek, otaku, animes, mangá, Anime Friend, Comic Com Experiencie, Brasil Game Show, SANA (Super Amostra Nacional de Animes). A investigação dos trabalhos se deu em sites como o Google Acadêmico, SciElo (Scientific Electronic Library Online), o Portal de Periódicos da Capes, Catálogo de Teses e dissertações da Capes, repositórios de teses (USP, UFF, UERJ, etc.).

      Agora no que diz respeito ao seu segundo questionamento, sim encontramos um trabalho de conclusão de curso nessa área abordando a temática cosplay onde a autora objetiva a produção de um cosplay, utilizando técnicas de modelagem do vestuário aplicadas ao uso de materiais os quais foram testados na realização de protótipos.
      Contudo, achamos importante ressaltar que, em função de um banco de dados vasto acerca do tema, foi de grande impasse a escolha de trabalhos mais adequados para a construção de uma argumentação, tendo em vista que não é possível apontar todos os trabalhos em uma revisão bibliográfica.

      E sobre seu último apontamento em relação a profissionalização, apenas houve menção. Tendo em vista que, o foco principal dessa investigação foi pautado na atividade enquanto prática cultural, partindo de uma análise de vivencia e/ou experiência do cosplay.

      Att, Alexia Henning e Vanda Fortuna Serafim

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  3. Boa Noite à Todos.
    Professoras Alexia e Vanda. Aliás Profa Vanda acaba por ser minha Professora em Muitas disciplinas já concluo esse ano a Graduação pela UEM.
    Minha questão é sobre como essa crescente "Orientalização" que vem ocorrendo desse lado Ocidental não só pelos mangás ou cosplays mas também pela música Pop com o seu J-Pop ou mesmo K-Pop.
    Até onde a inclusão dessas Culturas Orientais se mesclando com as Culturas Ocidentais pode resultar na predominância da Cultura Oriental sobre a Ocidental?
    Obrigado.
    Valmir da Silva Lima.

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    1. Boa noite! Agradeço pelos comentários e questionamentos.
      Fico feliz em ver um colega por aqui!

      Sobre seu questionamento, acreditamos que essa inclusão é notória na parte das construções dos vínculos sociais. Visto que a cena cosplay não se limita aos eventos, pois estende-se com a circulação de formas estéticas, confere também a mobilidade aos objetos materiais consumidos para a confecção do cosplay e, consequentemente a performatividade acionada pelos jovens em suas sensibilidades para o fazer.

      Sendo assim, as dimensões afetiva, de vinculação social, e simbólica do consumo de bens, inseridas nas mídias, proporcionam a convocação das memórias desses consumidores e passam a ressignificar a narrativa midiática, reconfigurada, no corpo do jovem, graças aos processos de uso e apropriação de materialidades necessárias para produzir uma roupa e os acessórios que simbolizam essa predominância, ou melhor, essa cultura, ganham uma carga emocional. Portanto, acredito que essa predominância, diz respeito a algo mais identitário.

      Mais uma vez agradeço ao questionamento, espero ter respondido sua dúvida!

      Att, Alexia Henning e Vanda Fortuna Serafim

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  4. Muito interessante e pertinente sua contribuição por meio deste artigo. Parabéns!
    Quando o texto diz que: " Sendo assim, o consumo de um produto japonês não está relacionado a "gostar" do Japão , mas sim pelo seu designer inovador, sua qualidade ou pelo simples fato de ser "modinha".
    Podemos dizer então que grande parte de nossos jovens e adolescentes possuem dificuldades de aceitar ou até gostar de nossa própria cultura pop e popular, pelo simples fato de serem de nosso País? do nosso cotidiano? Logo, aquilo que é " de longe", de um lugar distante é bem mais aceito por eles? Como uma espécie de " cultura privilegiada" ou " Consumo de alta qualidade "? O que você entende?

    Elielton Ferreira Corrêa

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    1. Boa tarde! Agradeço pelos comentários e questionamentos.

      Então, sobre esse apontamento foi uma das primeiras indagações que me veio à mente ao iniciar com a temática proposta. Com o passar do tempo, mediante a pesquisa bibliográfica e as leituras à respeito do cosplay assim como o consumo de produtos desse cunho, percebemos que pode sim haver uma certa dificuldade de valorizar a própria cultura, ao levar em consideração o consumo da maioria desses jovens e como a vida social deles se mantém, por meio disto.

      Se me permite irei falar um pouco da minha experiência, visto que já frequentei eventos pelo Brasil, como visitante, cosplayer, e amante dessa cultura; sempre acabava escutando e observando a euforia destes jovens ao se depararem com produtos que remetem ao Japão. Quantas vezes já não escutei que o sonho dos mesmos era conhecer o Japão, não pelo seu fator histórico em si, ou como eu disse no artigo: “relacionado a ‘gostar’ do Japão”, mas sim pelo fato dos parques temáticos assim como suas produções as quais envolve essas narrativas, serem super bem desenvolvidos e atrativos no aspecto estético e dinâmico, segundo a fala desses jovens, enquanto que aqui no Brasil temos uma “amostra”, se assim posso dizer, do que é transmitido por lá.

      Mas, para além disto, gostaria de pontuar que, esses jovens se situam nesses espaços em busca de uma visibilidade e consequentemente o pertencimento de grupo. A escolha de vestir um determinado cosplay ou consumir os produtos perpassa pela sensação de ser único e, ao mesmo tempo, pela pluralidade ao encontrar nessa prática elementos que constituí seu campo de identificação. Ou seja, tal prática e consumo está muito associado com o: “fazer amigos”, de uma convivência com as pessoas que partilham do mesmo interesse tornando-os o componente essencial dessa atividade social.

      Mais uma vez agradeço ao questionamento, espero ter respondido suas dúvidas!

      Att, Alexia Henning e Vanda Fortuna Serafim

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  5. Boa noite, Alexia e Professora Vanda.

    Em primeiro lugar, gostaria de parabenizar ambas pelo trabalho que envolve uma temática que vem cada vez mais crescendo no âmbito acadêmico no geral. Tenho algumas questões:

    Os anos finais do século passado foram marcados, entre vários motivos, pela crescente exibição de animações e seriados japoneses no Brasil, no consumo de jogos eletrônicos originados por empresas japonesas, para além do maior interesse no oriente por parte geral. Questiona-se: até que parte é possível afirmar que o maior acesso a esse tipo de conteúdo também impactou o cenário do cosplay no Brasil?

    A outra questão é: No decorrer dos trabalhos, foi feito algum apontamento com outras práticas originadas no Japão, como a estética Lolita e a estética Gyaru, por exemplo, e suas diferenças e particularidades para com o Cosplay?

    Novamente, agradeço pelo texto.
    Gabriel Silvestre Ferraz

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    1. Boa tarde! Agradeço pelos comentários e questionamentos.

      No que diz respeito a seu primeiro questionamento, podemos afirmar que esse conteúdo impactou de forma significativa para o cenário cosplay. Pois, esse cenário de expansão editorial dos mangás e as produções audiovisuais dos animes, sobretudo em meados dos anos 1990, foi o que “aflorou” a prática cosplay em terras brasileiras. Mediante a leitura de Nunes (2015) a qual fiz menção sucintamente ao longo do artigo, é citado o primeiro evento no país relacionado a temática o MangaCon, organizado pela ABRADEMI (Associação Brasileira de Desenhistas de Mangá e Ilustrações) e, também o primeiro que tem se aparição de cosplayers, assim como a exibição de animes e comercialização de mangás. E para além disso, é importante ressaltar que de 1996 (ano de realização do MangaCon) até os dias de hoje, houve a expansão desses eventos, portanto, esse reconhecimento se deve a esse impacto e à multiplicidade de estandes para o comércio desses produtos.

      Em relação a sua segunda questão, não chegamos a fazer apontamentos específicos a respeito dessas outras práticas que de alguma forma relaciona-se com a cultura pop no geral, mas mediante a leituras esbarramos com elas. Portanto, não saberei te responder com tamanha exatidão as diferenças entre esses estilos/estéticas, por ser uma pesquisa mais focada na prática cosplay em si, mas anotei esse apontamento e vou pensar à respeito para que assim me auxilie nas minhas próximas reflexões.

      Mais uma vez agradeço ao questionamento, espero ter respondido suas dúvidas!

      Att, Alexia Henning e Vanda Fortuna Serafim

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  6. Primeiramente gostaria de parabenizar pelo belo texto, excelente temática!
    Minha pergunta é a seguinte: Vocês creem que a expansão do cosplay para o mundo dos vídeo games e livros como uma espécie de ocidentalização do cosplay? ou seria apenas um alargamento das fontes de inspiração por parte de fãs?


    Amanda da Silva Neto

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    1. Boa noite! Agradeço pelos comentários e questionamentos.

      Mediante a pesquisa realizada até o presente momento, podemos concluir que o segundo apontamento é o que mais condiz, ou seja, um alargamento das fontes de inspiração, tendo em vista que a ascensão das narrativas midiáticas mobilizadas pelos cosplayers e fãs, possui um direcionamento do desejo de proximidade para a personagem ou mesmo para a narrativa.

      Espero ter respondido sua dúvida!

      Att, Alexia Henning e Vanda Fortuna Serafim

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  7. Alexia e Vania, primeiramente, parabéns pelo ótimo texto! Bastante esclarecedor e didático! A minha pergunta é, sabendo sobre a expansão do cosplay e o quanto esse tema é famoso entre os jovens, assim como a música k-pop, animes, mangás e dorama, como poderíamos abordar sobre esses temas em salas de aula de forma crítica e construtiva?

    Cristielle Reis Santos.

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    1. Boa noite! Agradeço pelo comentário e o questionamento.

      Assim como foi dito no questionamento acima da Janaina, não saberei te responder de forma aceitável, pois o meu objetivo não foi discorrer a respeito do ensino. Mas, posso frisar aqui novamente os apontamentos e ideias que citei acima, o qual diz respeito a uma iniciativa que possa ser feita mediante as histórias em quadrinhos/mangás, desenhos/animes, para introduzir a temática em si, um meio de como apresentar aos alunos a inserção da “cultura pop nipônica” no Brasil, assim há a possibilidade de manter um olhar sobre os elementos que as formam e estimular os alunos a transmitir, suas ideias e percepções sobre o mundo que vivem.

      Mais uma vez agradeço aos questionamentos,
      Não sei se lhe respondo de forma satisfatória!

      Att, Alexia Henning e Vanda Fortuna Serafim

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  8. Boa noite, parabéns belo trabalho a minha questão é: Vocês consideram que a prática do cosplay pode ser algo ruim no porcesso construção de um adolescente para a sociedade ou consideram que a partir do cosplay eles conseguem se inserir melhor na mesma?

    Bruna dos Santos Ribeiro

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    1. Boa noite! Agradeço pelo comentário e o questionamento.

      Abordamos essa questão de pertencimento ao mantermos um olhar sobre esses jovens dentro da prática, gostaríamos de fazer alguns apontamentos para que assim possa ter uma resposta satisfatória para seu questionamento.

      Afirmamos que a vida social se mantém em função de grupos. Dessa forma, com a amplificação de meios transmidiaticos, como as redes sociais, é notória uma maior imersão ao universo abordado, pois além do consumo a audiência é convidada a participar e contribuir com o desenvolvimento da obra, portanto há a formação de fandoms, grupos que opera via internet isto é, agem em comunidades de fãs e também são críticos ativos.
      Assim, na época vigente, as atividades nas redes virtuais possibilitam um engajamento para trocas de informações e até laços afetivos devido ao interesse em comum.

      Portanto, por meio do consumo cultural é possível a construção de identidades, tanto social quanto pessoal. Tendo em vista que essas identidades, dou ênfase a identidade social, são compostas, por um sistema de crenças socialmente compartilhado pelos seus integrantes, o que consequentemente afeta seu comportamento em determinadas situações, onde os indivíduos não irão interagir como indivíduos, ou seja, com base em suas características individuais, mas sim como membros do grupo.

      Com isso, como abordei em um questionamento acima, essa prática está mais associado com o: “fazer amigos”, que diz respeito a uma convivência com as pessoas que partilham do mesmo interesse.

      Sendo assim, finalizo afirmando que tal prática pode ser entendida como um processo de construção do adolescente/indivíduo pois, além de ser uma forma um tanto que conveniente para se inserirem melhor na sociedade, auxilia em sua composição identitária, individual e consequentemente social.

      Mais uma vez agradeço ao questionamento, espero ter respondido suas dúvidas!

      Att, Alexia Henning e Vanda Fortuna Serafim

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  9. Boa noite, parabéns belo trabalho a minha questão é: Vocês consideram que a prática do cosplay pode ser algo ruim no porcesso construção de um adolescente para a sociedade ou consideram que a partir do cosplay eles conseguem se inserir melhor na mesma?

    Bruna dos Santos Ribeiro

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    1. Boa noite!

      A pergunta foi duplicada, portanto foi respondida na primeira, logo acima.

      Att, Alexia Henning e Vanda Fortuna Serafim

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  10. Bom dia!
    Pesquisa interessante, o modo como se aborda a dinâmica ocidente-oriente deixa claro como os EUA ainda tem grande influência pós guerra fria.

    Mas sem influência de cultura pop vinda dos EUA, esse mundo do cosplay teria alcançado pessoas de tão longe?

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    1. Boa noite! Agradeço pelo comentário.

      Em relação ao seu questionamento, não sei se conseguiria te responder de uma forma satisfatória. Levando em consideração todos os fatores para que tal cultura pop se deu e se tornou o que conhecemos nos dias atuais.
      Contudo, irei anotar esse apontamento e pensar sobre, visto que possa me auxiliar nas próximas reflexões.

      Mais uma vez agradeço ao questionamento, e peço desculpas por não ter respondido de forma aceitável!

      Att, Alexia Henning e Vanda Fortuna Serafim

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  11. Realmente é nítido o comprometimento e entendimento de vocês para com esse tema. Ótimo texto, excelente escrita, a escolha e utilização das fontes foram feitas de forma categórica. A globalização fomentou esse tipo de movimento pelo mundo, fazendo com que diversas pessoas tivessem contato com esse movimento. Vocês acreditam que essa apreciação exacerbada da cultura oriental pode fazer com que a cultura ocidental se perca, o acreditam que em tempos de globalização isso seja normal?

    Rubens de Melo Alvares Junior - rubensdmaj@gmail.com

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    1. Boa tarde! Agradeço pelo comentário e questionamento

      A respeito do questionamento, acreditamos que a mesma pode ser normal em tempos de globalização, partindo do pressuposto de que o ocidente tomou para si os aspectos da cultura oriental abordada no artigo.

      Espero ter respondido sua dúvida!
      Att, Alexia Henning e Vanda Fortuna Serafim

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  12. Parabéns pelo belo texto, qual sua opinião sobre apropriação de culturas de países desenvolvidos, como exemplo Cospley, Halloween e pop coreano, em detrimento da cultura nacional? Nem mesmo tradições de outros povos (terceiro mundo) são bem vistos ou até mesmo conhecidos por aqui, como Diablada, festa dos mortos mexicana e as festas de terreiros de matriz afro, só pra ficar nesses exemplos.

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  13. Primeiramente parabéns pelo artigo. Como percebemos o cosplay pode ser usado como meio de arrecadação de dinheiro nesse mundo capitalista em que vivemos. Pensando no setor educacional, você considera que o uso de cosplay e também de jogos de origem japonesa podem ser usado no processo de ensino e aprendizagem dentro da disciplina de História? Novamente obrigado pelo bom artigo.

    Att,
    Cristiano Rocha Soares
    Cuiabá MT

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  14. Olá, parabéns pelo trabalho!
    Com o decorrer da leitura fiquei curiosa para saber se no decorrer da sua pesquisa foi possível visualizar se a prática do cosplay no Brasil é aderida pelos descendentes de povos orientais que moram aqui e se o consumo desses conteúdos (mangás, animes...) vem sendo utilizado como uma forma de aproximar essas pessoas dos elementos culturais dos países de seus ascendentes.

    Desde já agradeço pela atenção!

    Rayra Torquato de Lima

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  15. Parabéns pelo artigo de temática muito interessante.
    Durante a realização da pesquisa, identificaram alguma rivalidade entre cosplayers de personagens ocidentais e orientais?
    Identificaram a existência de preconceitos com as pessoas que realizam cosplay estão numa faixa etária superior a 25 anos? Se sim, ela ocorre mais na sociedade oriental ou ocidental?
    Andressa dos Santos Freitas

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