“O QUE DIZ O GAROTO TOKIO”: A REPRESENTAÇÃO DO
SOLDADO JAPONÊS NO CARTAZ NORTE AMERICANO TOKIO KID SAY DURANTE A SEGUNDA
GUERRA MUNDIAL E A SUA UTILIZAÇÃO COMO FONTE HISTÓRICA NO ENSINO DE HISTÓRIA
Introdução
Este artigo visa refletir sobre a
representação do soldado japonês no cartaz “Tokio kid say” veiculado durante o
período da Segunda Guerra Mundial entre os anos de 1942-1943, bem como visamos
apresentar uma sugestão de como esta fonte histórica poderá ser analisada em
uma aula de História.
Japão em guerra
O Império japonês do início do século XX ficou sinalizado por sua política militarista e expansionista. Por meio desta o Império do Sol Nascente expandiu seus interesses pela Ásia. A consequência dessa expansão seriam as agressões e vitórias sobre os vários países que compunham o Oeste asiático. Essa crescente esfera de conquistas e influencias locais instaurou o alerta Norte Americano na região. Não tardando assim aos EUA imporem algumas sanções aos japoneses, tais como: retirada das tropas japonesas da china e o mais severo e que desencadearia a guerra entre ambos os países; o embargo do petróleo americano para os japoneses.
Esse comedimento americano visava a asfixia
da máquina de guerra nipônica. Prevendo o fim de seus planos de Grande potência
asiática, o Japão realiza um ataque secreto à base norte americana em Pearl
Harbor [1941]. A investida japonesa levaria os EUA a declarar guerra ao Japão.
A resultante deste confronto seria não somente a peleia em campos de batalhas
espalhados pelo Oceano Pacifico, mas também se dariam no campo das artes, mais
especificamente nos cartazes de propaganda de guerra.
A Segunda Guerra Mundial e o Império Japonês.
A Segunda Guerra teve início em novembro de 1939 após o assalto Alemão à Polônia. No início da Guerra na Europa, o Japão declarou neutralidade, direcionando assim seus recursos naturais e humanos para a contenda com a China. Esse retardamento de entrada no conflito mundial, fez crescer a esfera de influência nipônica na região asiática, o que só aumentou o temor americano na região, vendo a sua influência diminuir.
Depois de formar com a Alemanha o Pacto Tripartite [Roma-Tóquio-Berlim]. O Império Japonês articulou seu projeto de guerra, visto que esse tratado tinha por intenção basilar a mútua assistência militar, econômica e política entre os países membros. O Japão então tomado por “forças políticas do militarismo e da extrema direita” [HOBSBAWM, 1995, p. 43] torna-se uma grande potência naval no Extremo Oriente, sendo reconhecida pelo acordo Naval de Washington em 1922, porém isso não pôs fim aos anseios do Japão que segundo aponta Hobsbawm [1995]:
“[...] avançava a passos largos, [...] sem dúvida achava que merecia uma fatia maior do bolo do Extremo Oriente do que as potências imperiais brancas lhe concediam. Além disso, os japoneses tinham uma aguda consciência da vulnerabilidade de um país ao qual faltavam praticamente todos os recursos naturais necessários a uma economia moderna, cujas importações estavam à mercê de interferências de marinhas estrangeiras, e as exportações à mercê do mercado dos EUA. A pressão militar para a criação de um império territorial próximo na China, dizia-se, logo encurtaria as linhas de comunicação japonesas, e assim as tornaria menos vulneráveis”[HOBSBAWM, 1995, p. 44].
Para Hobsbawm [1995] os Japoneses intencionavam auferir a passagem aos tão sonhados recursos naturais de que primordialmente careciam para alcançar o triunfo econômico, político e militar no Extremo Oriente. Desse modo o Japão Imperial parti para uma sequência de agressões e vitórias ao longo da costa asiática, o que acabou por ocasionar um grande problema entre EUA e Japão resultando em várias penalidades comerciais, principalmente a petrolífera, que era de vital importância para o programa de conquista nipão na região.
O Japão imperial então ameaçado pela estratégia americana de retenção do petróleo, arquiteta um grande ataque a localizações essenciais dos EUA e dos países aliados no Extremo Oriente, aspirando à obtenção de haveres basilares para sua estrutura bélica, assim como o engessamento das unidades aliadas naquela localização. O Império do sol Nascente tinha como finalidade uma guerra relâmpago e absoluta, onde para isso a destruição dos porta-aviões americanos era crucial. O que não ocorreu, pois no ataque a Pearl Harbor os porta-aviões não estavam na base americana. Isso deu a chance para os EUA se reestruturarem e combaterem os japoneses em Midway.
Após o confronto em Midway, os
norte-americanos derrotam parcialmente as força imperiais do Japão, o que dá
aos americanos a iniciativa de investida no confronto do Pacífico. Por
conseguinte, ao assalto nipão ao Havaí e a subsequente declaração de guerra dos
EUA, assistimos uma extensa movimentação militar e econômica dos EUA com o
objetivo de anular a bravata dos japoneses no Pacífico. Os meios de comunicação
norte-americanos que já sucedera alguns cartazes e anúncios que delatavam os
propósitos imperialistas do Japão por meio de charges e cartazes em jornais,
neste momento se instiga para “mostrar” a face do inimigo e o que ele deseja e
pensa em relação aos recursos e suprimentos que por ventura venham a ser desperdiçados
pelos americanos. Para isso são elaborados diversos cartazes que buscam expor
as intenções do inimigo nipão.
“O que diz o garoto tokio”: a representação do soldado japonês no cartaz
norte americano tokio kid say durante a segunda guerra mundial e a sua
utilização como fonte histórica no ensino de história
Visando sensibilizar a população estadunidense em benefício da vitória na guerra e de uma maior atenção no esforço de guerra, o departamento de guerra norte americano produziu inúmeros cartazes sob o título de “Tokio kid say” ou “o que diz o garoto tokio” que procuravam revelar a população quem era o adversário a ser rechaçado, bem como, o que este inimigo pensava sobre o desperdício de recursos matérias essenciais para o andamento da guerra. Entre 1942 e 1946, uma agremiação chamada “Artistas para a vitória” foi formada com o objetivo de apoiar essa luta:
“Baseado em Nova York, [...] formada por artistas que desejavam ajudar no esforço de guerra usando suas habilidades artísticas. As atividades incluíram uma competição de pôsteres de guerra, exposição de boa vontade sino-americana, patrocínio de desenhos de retratos, demonstrações de artes e ofícios e instrução em hospitais militares. Os oficiais incluem Paul Manship, John Taylor Arms, Arthur Crisp, Ralph T. Walker, Hobart Nichols e Hugo Gellert” [SMITHSONIAN, s/d].
Conforme analisamos, essa reunião de
criadores produziria diversos trabalhos ilustrados que objetivavam retratar o
contraditor nipônico. Estas criações foram geradas com o fim provocar os
sentidos do indivíduo estadunidense, que começava a ver o oponente japonês como
um perigo cada vez mais próximo e horrendo. Ao analisar a gênese de um
aglomerado de artistas dedicados em criar aparatos de publicidade da guerra,
somos capazes de propor que por meio destas ações, foram acusados os
pensamentos do inimigo, como também buscavam denegri a origem racial do inimigo
japonês. Como podemos observar na ilustração abaixo.
Fonte: Cartaz "Tokio kid say". Disponível em:< https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Tokio_Kid_Say?uselang=pt-br#/media/File:Tokio_kid_say_-_Oh_so_joyful_for_mishap_-_One_more_less_now_fighting_Jap._Thank_you._-_NARA_-_535321.tif>. Acesso em: 18. abr. 2020.
No poster acima, podemos fitar a ilustração de um beligerante nipônico, mais especificamente a representação do general de guerra Hideki Tojo, onde analisando primeiramente a figura do nipão, é possível fitar algumas características biológicas bastante interessantes: o desenho do “soldado” [aqui estamos levando em conta o uniforme e o quepe que traz a marca do sol nascente que é a bandeira do Japão Imperial], não está ou não é totalmente humano, pois o mesmo possui dentes muito avantajados que saltam para fora da boca e/ou dentes caninos como os de um morcego, ou até mesmo como se fossem presas de uma cobra que parece salivar [ou destilar veneno]; orelhas grandes e pontiagudas características essas de bestas que possuem audição aguçada; mãos grandes com unhas como se fossem garras; e uma cabeça em forma de cone, o que o deixa com um aspecto ainda mais horrendo. O que nos passa uma imagem muito clara e representativa do Antropozoomorfismo, que são peculiaridades conferidas aos indivíduos cujo a constituição física é parte homem e parte animal.
O japonês parece estar escondido atrás do que parece ser uma porta, como quem espiona o que está acontecendo a poucos metros de distância. Como parece que não quer ser notado, esse franzi a testa e recosta a cabeça na porta apoiando a sua orelha direita como quem quer ouvir melhor o que se está a conversa ali próximo. No plano de fundo a esquerda, podemos verificar pessoas que estão ao redor de alguém que está caído ao chão. Alguém parece trazer uma caixa preta com uma cruz vermelha o que nos sugere ser uma caixa de primeiros socorros. Essas pessoas pareciam estar em uma linha de montagem de aviões bombardeiros e uma delas se acidentou ou como nos sugere a tessitura imagética, a pessoa caída foi apunhalada pelo nipão que empunha um punhal que escorre sangue. O que também nos chama a atenção, é a figura de uma mulher presente neste ambiente, o que passou a ser um fato normal desde a I Guerra Mundial. A utilização de mão de obra feminina na indústria carente de homens que iam para as linhas de frente.
E por fim, mas não menos importante, temos os dizeres: “Tokio kid say” [o que diz o garoto “tokio”] e ao lado inferior direito em letras vermelhas e também em fonte de escrita oriental: “Oh so joyful for mishap - One more less now fighting Jap. Thank you” [oh, tão feliz por contratempos – Um a menos lutando contra o Japão. Obrigado]. Também temos o soldado que marca ou vai marcar na parede a 19º ou 20º pessoa que está fora de combate na guerra contra o Império japonês. Essa imagem retrata aquele indivíduo [japonês] que os ilustradores miravam e/ou compreendiam o que significava o papel do Japão na guerra, ou como nos propõe Pesavento [2004] seria a gravura uma forma de representar aquilo que se quer conceber crer como verdade, engendrada por meio de quem detém o domínio social da informação, promovendo assim a sua veracidade em um dado tempo e época:
“Aquele que tem o poder simbólico de dizer e fazer crer sobre o mundo tem o controle da vida social e expressa a supremacia conquistada em uma relação histórica de forças. Implica que esse grupo vai impor a sua maneira de dar a ver o mundo, de estabelecer classificações e divisões, de propor valores e normas, que orientam o gosto e a percepção, que definem limites e autorizam os comportamentos e os papéis sociais” [PESAVENTO, 2004, p. 22].
A estampa tal como nos diz Pesavento [2004] é a demonstração daqueles que detém a autoridade, seja social, econômico ou político, onde a manipula para atestar, identificar e excluir aquilo que o tem como certo ou errado. Concede assim uma acepção de verdade e o toma como único caminho a ser seguido. Em que a força que o promove está implícita nos ramais estruturais das figuras que estão perscrutadas, podendo ser uma ilustração, estátua, fala, etc. Estes “discursos” serão fortes sempre que forem destinados aos interesses do poder prepotente.
Cabe-nos agora a indagação, como utilizar esta rica fonte histórica em uma aula de História? Bom, para isso devemos selecionar algumas questões, pois não cabe em apenas uma aula a diversidades de discursões que nos sugere a imagem. Podemos destacar a questão do preconceito racial que são perceptíveis na ilustração acima, como a cor de pele amarelado, da qual a alusão está nas teorias raciais no início do século XIX e primeira metade do século XX. Pois existia: “a ideia da existência de heranças físicas permanentes entre os vários grupos humanos” [SCHWARCZ, 1993, p. 63]. “Os grupos negros, amarelos e miscigenados seriam povos inferiores não por serem incivilizados, mas por serem incivilizáveis, não perfectíveis e não suscetíveis ao progresso” [RENAN apud SCHWARCZ, 1993, p. 82].
Como conseguimos analisar, a noção de “raça amarela” foi agregada a uma “incivilidade”, isto é, o nipão não seria qualificado à sociabilidade e em um olhar determinista seria um “selvagem” para sempre. Isto posto, por meio desta apreciação o “amarelo” não pode “evoluir”. Este discurso racial [japonês-amarelo-selvagem] pode ser bastante explorado nas aulas de História que sob a ótica do discurso racial no período da guerra. As possibilidades são diversas e não se encerram aqui. Vários elementos tornam esta obra rica em interpretações, reflexões e analises como nos sugere Corrêa [2018]:
“[...] uma rica fonte com muitas mensagens explicitas e implícitas, deve-se entender quais as razões que levaram a construção desta obra, quais os elementos sociais, políticos e econômicos que estão imbricados na construção desta pintura. A visão parcial-analítica da obra trará apenas uma rasa ideia do que se queria transmitir com esta obra pictórica. Toda obra de arte, sendo ela simples ou complexa, tem uma intencionalidade que está explícita a qual todos aqueles que veem entendem e/ou absorvem de imediato a mensagem de modo mais direto, bem como também tem as mensagens implícitas, que são aquelas que necessitam de tempo e pesquisa para uma análise mais crítica e reflexiva”. [CORRÊA, 2018, p. 452]
A ilustração investigada retrata a comoção e a apreensão de uma certa época de nossa história contemporânea, em que devemos estar alertas ao ardil político que objetiva conduzir sua ideia direta e indiretamente, digo melhor, as reproduções são partes vitais que consta nessa arena de poder, onde há o emissão de um código que pretende acertar um público alvo e dele aguarda um retorno. Uma amostra de código manifesto é a bandeira do Japão imperial – um sol vermelho com feixes de luz na mesma cor – que aparece bem nítida no quepe do “soldado”, indicando de onde vem à coação. Isto, claro, não encerram as possíveis interpretações desta imagem. O mecanismo do zoomorfismo que e aplicado na figura acima [equivale assemelhar pessoas a bestas quando eles se deixam levar pelo ímpeto] objetiva validar que o general Tojo é observado como um animal, isto é, um espécime de besta sorrateira que opera traiçoeiramente esperando uma oportunidade de vitimar alguém, ou pode ser compreendido como se ilustrasse o Japão ou o seu povo ou ainda mais, os seus dirigentes:
É basilar o conhecimento de tais símbolos, visto o que revela Roger Chartier “As lutas de representações” possuem tanta importância quanto às lutas sociais e políticas “para compreender os mecanismos pelos quais um grupo impõe, ou tenta impor, a sua concepção do mundo social, os valores [...], e o seu domínio”. [CHARTIER, 1990, p.17]
Na opinião de Chartier [1990] as representações estão
encadeadas entre o poder vigente e seus feitos, que anunciam seus juízos e
domínios, ou seja, por meio destes procedimentos almejam defender e medular
suas obras e feitos. Achando-se as ponderações das iconografias em equipolência
de dimensão com as disputas econômicas, sociais e políticas, que também
exprimem os anseios e desejos de um determinado tempo e século.
Considerações finais
As alternativas de estudo, argumentação e investigação acerca da representação exposta acima não se derrogam neste modesto artigo, pois a história acha-se incessantemente em sucessiva metamorfose. Propomos assim que a finalidade de se trabalhar com imagens em uma aula de História, não possuem apenas um olhar e uma interpretação, a toda uma junção de sinais a serem decodificados. Por exemplo: a forma de ligar a figura do nipão a selvageria, a barbárie, ao traidor, como nos aponta Menezes Neto e Corrêa [2017] “no contexto da Segunda Guerra, a representação negativa do japonês como uma raça que traz prejuízos ao ocidental [...] é recorrente em vários jornais brasileiros” [MENEZES NETO; CORRÊA, 2017, p. 175].
Portanto como nos EUA, o Brasil também teve sua “campanha anti-nipônica”. E é indubitável que se intentava chamar a atenção e a captação dos cidadãos americanos de modo a deixá-los precavidos em relação ao “inimigo japonês”. O que se exprime de tal figura pictórica é a intenção nítida/velada de uma sentença militante entre os EUA representando o lado da liberdade e do direito e os dos japoneses representando o lado da opressão e da traição.
À vista
disso, sempre haverá uma nota explicita e outra implícita quando arrazoamos
qualquer tipo de fonte, seja ela imagética ou não. Há uma intencionalidade
exposta diretamente ao expectante, e outra que está submetida há variados
olhares. Cabe ao professor ser o mediador e propositor das mais variadas
analises em sala de aula e fora dela, pois o conhecimento de tais analises não
se encerram dentro dos muros de uma escola ou de uma universidade.
Referências
Victor
Lima Corrêa é Professor de História.
E-mail: victorlcorrea.01@gmail.com
Fontes:
Cartaz
"Tokio kid say". Disponível em:
Acesso em: 18. abr. 2020.
CORRÊA,
Victor. Lima. A Batalha da Borracha e o ensino de história: uma proposta de
análise dos cartazes de Jean Pierre Chabloz. In:
BUENO, André; CREMA, Everton; ESTACHESKI, Dulceli; MARIA NETO, José [orgs.] Aprendizagens Históricas: mídias, fontes e
transversais. União da Vitória/Rio de Janeiro: LAPHIS/Edições especiais Sobre
Ontens, 2018. Disponível em:<http://revistasobreontens.blogspot.com/p/livros.html>>.
Acesso em: 26.Ago.2018.
CHARTIER, Roger. A História cultural:
entre práticas e representações. Rio de Janeiro: Bertrand, 1990.
HOBSBAWM,
Eric. A era dos Extremos: O breve século XX [1914-1991]. São Paulo:
Companhia das letras, 1995.
MENEZES NETO, Geraldo. Magella. De; CORRÊA,
Victor. Lima. “povo sem honra, covardes,
brutais e cruéis”: representações dos japoneses no jornal paraense folha
vespertina [1942-1945]. In: BUENO, André; CREMA, Everton; ESTACHESKI,
Dulceli; MARIA NETO, José [orgs.] Vários
Orientes. Rio de Janeiro/União da Vitória; Edições Sobre Ontens/LAPHIS,
2017. Disponível em:
<http://www.academia.edu/35093107/V%C3%A1rios_Orientes>.
Acesso em 23. Nov. 2017.
PESAVENTO,
Sandra. J. História e História Cultural. Belo
Horizonte: Autêntica, 2004.
SCHWARCZ, Lilia. M. O Espetáculo das
Raças: cientistas, instituições e questões raciais no Brasil [1870-1930].
São Paulo: Companhia das Letras, 1993.
SMITHSONIAN.
Archives of American Art. Disponível em:
<https://www.aaa.si.edu/collections/artists-victory-inc-records-8429>.
Acesso
em: 26.Ago.2018
Olá!
ResponderExcluirReflexão interessante seu texto traz.
Nada melhor para aterrorizar os incautos do que imagens racistas que exageram a aparência do inimigo, tornando-o um objeto verdadeiro temor. A série "Tokio Kid Say" é um exemplo claro de tal prática.
Por meio de uma análise deste pôster em particular, fica claro que o artista está usando táticas de medo em seus elementos visuais para mudar a percepção dos americanos sobre os japoneses. Tokio Kid empunha uma faca ensanguentada, que retrata os japoneses como assassinos perigosos. Estereótipos raciais exagerados são apresentados neste pôster, já que o Tokio Kid tem olhos semicerrados, dentes largos demais, pele mais escura e baba saindo da boca, o que generaliza os atributos físicos dos japoneses.
Nos últimos tempos, não tivemos mais cartazes sendo utilizados para este fim, mas sim as redes sociais. E o alvo não é mais o Japão, mas sim sua vizinha continental: "Beijing Kid Say".
De que forma este preconceito/estereótipo pode ser analisado e combatido?
Grato pela atenção.
Saudações!
Willian Spengler
Com o estudo das pseudo-ciências difundidas no séc XIX.
ExcluirElas são a base para entendermos o que o correu no séc XX durante a Segunda Guerra e o que acontece no séc XXI com os resquícios de teorias raciais.
Obrigado pela pergunta
Att.
Victor Lima Corrêa
Olá, Victor. O seu texto me chamou bastante atenção. Sou professora de Geografia e podemos ver que o currículo educacional é voltado apenas no eixo América-Europa. O modo que você discorre sobre como usar diferentes tipos de fontes para o ensino de História me fez pensar em como usar isso na Geografia também!
ResponderExcluirA representação do Cartaz mostra um explícito preconceito que o Ocidental tem com o que é diferente e esse modo de pensar pode ser utilizado tanto para negros ou amarelos ou tantas outras raças. O conceito de Bárbaro (diferente) é algo bastante enraizado nos meios sociais e acadêmicos. Porém, podemos ver uma boa melhora nessa questão.
O seu texto analisa e propõe uma forma de expandir o ensino asiático para dentro da sala de aula. Você acha que com os novos recursos tecnológicos e mais informações, as instituições de ensino podem tentar pensar em uma expansão dos estudos do eixo Ásia-África?
- Rayane da Cruz de Alvarenga
obrigado pela pergunta!
ExcluirSim, com os novos recursos tecnológicos e mais informações, as instituições de ensino podem/ e já estão pensando em estudos do eixo Ásia.
a prova disso e esse grandioso evento
att
Victor Lima Corrêa
E pegando parte da pergunta do Willian, como você acha que seria o ensino desse modo de representação de formas diferentes de ensino, abordando um pouco mais sobre o racismo amarelo e preconceito vividos ainda hoje pelos asiáticos e sua cultura?
ResponderExcluir- Rayane da Cruz de Alvarenga
obrigado pela pergunta!
Excluiro estudo da fonte histórica em questão, visa expor uma visão de um tempo passado no caso a Segunda Guerra, bem como, fazer uma relação passado presente: o que se pensava naquela época? o que restou desse pensamento? como observamos esse pensamento nos dias de hoje? como podemos superar esta visão estereotipada e racista?
essas são algumas perguntas que nos ajudam a trilhar um caminho mais iluminado sob a História passado e presente
att
Victor Lima Corrêa